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Pablo Neruda, a biografia desse autor

Pablo Neruda, a biografia desse autor
Autor: Nicollas Dantas Valcanaia
Data da publicação: 16 de abril de 2020
 

Nascido em Parral, no Chile, em 12 de julho de 1.904, seu verdadeiro nome era Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, mas ficou conhecido mundialmente por seu pseudônimo, Pablo Neruda. Aos 17 anos escolheu esse pseudônimo em homenagem aos escritores Paul Verlaine (frânces) e Jan Neruda (checo), para esconder do seu pai que ele se dedicava a poesia.
Foi um escritor muito conhecido e era um militante ativo pelo partido comunista do Chile. Exerceu a função de diplomata, representanto o Chile em lugares como: Buenos Aires, Barcelona, Singapura, Madri, Birmânia, Sri Lanka, México, dentre outros. Exercia a função de cônsul na Espanha na época da guerra civil espanhola (1.936 a 1.939), nessa época escreve sua obra “Espanha no coração. Hino às glórias do povo na guerra”.
Defendia os ideais marxistas e idealizava uma América Latina mais justa.

Primeiros anos

Pablo Neruda era filho de um operário com uma professora, ficou órfão muito jovem, seu pai casou-se outra vez e se mudaram para a cidade de Temuco em 1.904. Desde muito pequeno já se notava o seu talento e gosto pela literatura, seus primeiros poemas foram publicados em um jornal que se chamava “A Manhã”.
Estudou pedagogia na Univerdade do Chile, na cidade de Santiago. Neruda foi um romântico, escreveu muitos poemas de amor e casou-se três vezes, com uma holandesa, depois com uma argentina e a última e mais conhecida, a chilena Matilde Urrutia.

Sua vida como senador da República do Chile

Em 1.945 Pablo Neruda deixa a carreira de diplomata para dedicar-se a política como senador no Chile, era apoiador do então presidente, Salvador Allende.
Logo após a posse no seu novo cargo, viaja ao Brasil para ler suas poesias, em homenagem a Luís Carlos Prestes (líder do partido comunista brasileiro na época), no Pacaembu, para mais de cem mil pessoas.
Era um ativista político e foi o grande opositor do presidente Gabriel Gonzáles Videla, que ao assumir o poder censurou a imprensa, o que fez com que Neruda denunciasse publicamente, através de uma carta publicada no jornal, os crimes do então presidente. Além disso fez um discurso que ficou conhecido como “Eu Acuso”, onde ataca Videla veementemente. Essa foi a razão pela qual Neruda teve o seu mandato cassado, recebendo ainda uma ordem de prisão, o que o levou a ter que viver clandestinamente.

Obras mais importantes de Pablo Neruda

Dentre as várias publicações desse autor, podemos citar com sendo as suas obras mais importantes: Crepusculário (1.923), foi o seu primeiro livro e também o mais vendido, publicado quando ele tinha apenas 19 anos; Vinte poemas de amor e uma canção desesperada (1.924); Residência na Terra (1.933); Canto Geral (1.950); e sua obra póstuma, Confesso que vivi (1.973).
Ao longo de sua carreira recebeu muitos prêmios, como o Prêmio Nacional de Literatura, Prêmio Nobel de Literatura e ainda o Prêmio Lenin da Paz, uma carreira reconhecidamente brilhante. É considerado um dos mais importantes poetas de língua espanhola do século XX e também da poesia contemporânea.

Características dos seus poemas

Pablo Neruda é considerado até os dias de hoje um dos grandes poetas chilenos da literatura contemporânea. Os estilos das suas obras se diversificam de acordo com as fases da sua vida, de poeta lírico e com agústia até obras de cunho político, outras épicas e ainda a de um homem romântico e apaixonado.
Sua obra completa conta com mais de quarenta livros, que foram escritos e publicados durantes os anos de 1.923 a 1.973 e traduzidos em mais de 35 idiomas, sendo estudadas nas principais universidades.

O final de Pablo Neruda

O poeta morreu em 23 de setembro de 1.973, em Santiago do Chile, aos 69 anos, devido a um câncer de próstata. Somente alguns dias após o golpe militar comandado por Augusto Pinochet, que era o comandente geral responsável pelo golpe que colocou o Chile em uma ditadura durante 17 anos.
O real motivo de sua morte gerou uma polêmica muito grande, muitos diziam que na verdade Neruda havia sido assassinado por razões políticas ou ainda que havia morrido de tristeza por ver o governo dissolvido. O fato é que, em 2013, seu corpo foi exumado para uma autópsia e finalmente o motivo da sua morte foi confirmado como sendo realmente devido ao câncer na próstata.